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DESTAQUE

A HISTORIA DA ACADEMIA E DO ESPORTE EM PASSO FUNDO

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

REDE e PSB Lançam Plataforma Participativa

A #Rede e o PSB lançam, em São Paulo, a plataforma digital que auxiliará o desenvolvimento do Programa de Governo da coligação e que vai receber sugestões dos cidadãos. Será feita a apresentação, a partir das 11h desta quinta, 28/11, com transmissão ao vivo no site da Rede Sustentabilidade www.redesustentabilidade.org.br e nas páginas da Fundação João Mangabeira e no Portal PSB 40.

Roda de Conversa sobre o Marco Civil

O Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS) promove nesta sexta-feira, 29/11, Roda de Conversa sobre o #MarcoCivil com a participação do relator do projeto Deputado Federal Alessandro Molon e dos expositores Ronaldo Lemos, Juliana Nolasco, Pablo Ortellado e Pedro Markun. Acompanhe a transmissão ao vivo pelo link http://goo.gl/VqEz8Y

Seminário Programático da Rede Sustentabilidade

Realizaremos em Brasília, nos dias 13 e 14 de dezembro, um Seminário Programático da Rede Sustentabilidade, espaço onde discutiremos questões referentes à atualização do Manifesto Programático da #Rede.

O número de vagas para participação presencial é de 150, sendo que parte do evento será transmitido online. Para se inscrever, clique aqui e responda ao formulário até o dia 3 de dezembro.



quinta-feira, 21 de novembro de 2013

MONTE A SUA HOME OFFICE COM SEGURANÇA NO TRABALHO

É cada vez mais comum a casa se transformar em substituto do escritório, ou a extensão dele. Com a tecnologia jogando a favor, na tranqüilidade do lar, é possível trabalhar diariamente com a internet, se dedicar com afinco.

Seja qual for o seu caso, saiba como organizar um espaço funcional e aconchegante com todo o conforto e livre de improvisos.

1. Enumere suas necessidades

Antes de mais nada, é preciso pensar nas demandas de sua profissão e de seu dia-a-dia. Comece pelo básico e avalie se você vai trabalhar em casa ou utilizar o escritório esporadicamente. 

Se mora sozinho, se tem filhos pequenos ou se pretende dividir o espaço com colegas e assistentes. Con-sidere também a possibilidade de receber clientes e fornecedores em casa. 

"Essas informações dão subsídio para elaborar um home office adequado ao perfil do morador".

2. Liste os equipamentos

Computador, impressora. De acordo com as tarefas que você irá executar, determine quais acessórios serão imprescindíveis. 

"Só assim é possível dimensionar o espaço necessário para acomodar tudo com conforto". 

Em nome do bem-estar, instale uma linha de telefone exclusiva e planeje um gaveteiro para organizar os papéis. Não se esqueça de uma estante ou de prateleiras para abrigar livros, revistas e material de escritório.

3. Eleja um canto

Falta de espaço não é desculpa. 

"Em 3 m² é possível instalar uma bancada mínima de 50 cm de profundidade e 90 cm de comprimento, estante, prateleiras e gaveteiro sob medida". 

Mas, se você trabalha em casa muitas horas por dia, o ideal é ter um ambiente exclusivo, que pode ser uma edícula ou um quarto isolado. 

Seja qual for a escolha, verifique a parte elétrica, pois você vai precisar de tomadas e pontos para telefone e conexão de banda larga.

4. De olho na postura

Como as mesas nem sempre são ajustáveis, a solução está nas cadeiras com regulagem de assento, encosto e braços. Um mobiliário adequado evita doenças ocupacionais, como a LER. 

"A altura ideal da bancada varia entre 75 e 80 cm, enquanto mouse e teclado vêm logo abaixo de 65 a 70 cm de altura". Para evitar movimentos repetitivos do pescoço, alinhe o monitor na altura dos o-lhos. O encosto da cadeira deve ter uma altura que atinja o osso da escápula. 

A posição correta de sentar forma ângulos de 90º entre tronco e antebraços, tronco e pernas, coxas e parte inferior das pernas e entre tornozelos e pés.

5. Luz na dose certa

Economize energia, contando com uma janela ampla. 

"Porém evite instalar a bancada do computador contra a abertura, pois o reflexo da luz no monitor é prejudicial". 

Mesmo com uma boa luminosidade, o ambiente deve contar com uma luz artificial geral e homogênea somada a uma iluminação pontual na mesa. 
O foco deve ser perpendicular, vindo da direita para quem é canhoto e da esquerda para os destros para não fazer sombra sobre o papel.

6. Decoração simples

Fuja dos excessos e restrinja sua mesa ao que é indispensável. Uma opção é instalar um painel magnético acima da bancada para lembretes e recados importantes, evitando papel espalhado pela bancada ou atulhando gavetas. 

"Se houver espaço, pinte uma das paredes com tinta de lousa". 

Para compor o ambiente, adote persianas, que têm lâminas de fácil limpeza, mas podem escurecer o ambiente. Já as cortinas de tecido fluido não comprometem a iluminação, porém exigem lavagens freqüentes.

7. Acabamentos práticos

Escolha materiais de aparência leve e fáceis de limpar, como laminado melamínico no tampo da bancada. 

"Cores claras nas paredes e nos móveis dão a sensação de conforto visual e não tornam o ambiente cansativo". 

No piso, além da aconchegante madeira, laminados e cerâmicas de alta resistência facilitam a manutenção. "Uma opção econômica é o granilite, que deixa o escritório com uma charmosa atmosfera de estúdio".

8. Fiação camuflada

Encomende uma bancada sob medida com fundo falso ou compre em lojas especializadas uma mesa com canaletas que escondam a fiação. 

"Outra alternativa é providenciar um painel falso cobrindo parte da parede atrás da estação de trabalho". 

Reúna duas ou três tomadas numa só parede para evitar fios por todos os lados e instale-as logo abaixo do tampo da bancada.

9. Móveis na medida

Outrora pesados e sem graça, os móveis de escritório ganharam agilidade e bom desenho. Na hora da compra, escolha entre as peças próprias para escritório por serem ergonômicas e de fácil manutenção. 

Recomenda-se mesas com desenho em L para evitar deslocamentos na cadeira. 

"Bordas arredondadas não machucam o corpo, e tampos com superfícies opacas evitam que a luz se reflita".

10. Acessórios caprichados

Aliados da organização, eles também podem inserir um toque divertido ao escritório. Em ambientes informais, uma boa pedida é adotar acessórios de plástico ou zinco, que são opções econômicas e resistentes. 

Outra alternativa é o acrílico, que por ser transparente oferece uma boa visibilidade dos objetos, porém é suscetível a riscos. 

Já peças de madeira ou encapadas de couro conferem sofisticação. O mesmo vale para as de inox, de preferência com acabamento lixado.


Dicas de Lucero Ambiental; www.luceroambiental.com.br

sábado, 16 de novembro de 2013

ESTADIO BEIRA RIO RECEBE FISCALIZAÇÃO DO CREA RS

Na manhã do dia 08 de novembro, representantes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul (CREA-RS), organizados pela Câmara Especializada de Engenharia Civil, realizaram uma visita técnica ao Beira-Rio, estádio oficial da Fifa, em Porto Alegre, para a Copa do Mundo de 2014. 

Recebidos pelo presidente Giovanni Luigi e diretoria colorada, os membros da entidade puderam observar de perto as modificações que estão sendo feitas no Gigante, como é conhecido. O saldo foi extremamente positivo e o Estádio ganhou diversos elogios dos Engenheiros.

Segundo o vice-presidente do CREA-RS, Eng. Mec. e Seg. do Trabalho Paulo Deni Farias, todas as responsabilidades do projeto estão em dia e o empreendimento está dentro da legalidade. Ele destacou ainda a modernidade da obra: “É um estádio moderno e muito bem projetado. A cidade e o País irão ganhar um estádio de Primeiro Mundo. 

"Estou muito impressionado com o projeto de engenharia, que é aquilo que nos compete. Estão sendo empregadas as melhores técnicas construtivas e os melhores profissionais foram contratados. Todas as responsabilidades estão em dia e o empreendimento está dentro da legalidade, o que nos passa tranquilidade”, assegurou o Engenheiro.

Coordenador da Câmara Especializada de Engenharia Civil, o Eng. Nélson Kalil Moussalle ficou impressionado com a imponência do Gigante: “É uma obra fantástica, com uma estrutura pesada e resistente. Estão de parabéns pelas modificações que fizeram em relação à segurança, acessibilidade e beleza da obra. Tenho certeza que o empreendimento engrandecerá Porto Alegre e o Rio Grande do Sul perante o Brasil e o mundo. 
Todos levarão uma imagem muito boa. Como obra de engenharia, é excepcional”, declarou Moussalle.

A visita técnica também foi acompanhada pelo supervisor da fiscalização David Grazziotin, onde foram verificados o projeto e a execução da instalação da iluminação e da parte elétrica e da estrutura metálica. Além disso, foram conferidos os dados da empresa alemã Hightex, responsável pelo projeto e instalação da membrana que revestirá a estrutura, para que a empresa esteja legalmente cadastrada no CREA-RS quando o serviço começar a ser executado.
Estavam presentes conselheiros, diretores e outros funcionários do Conselho gaúcho.



Fonte: SC Internacional

terça-feira, 12 de novembro de 2013

RESGATE SOCIAL DOS CATADORES DE RUA

Propostas inovadoras para geração de emprego e renda com redução dos impactos ambientais da gestão dos resíduos sólidos serão submetidas ao plenário da IV Conferência Nacional de Meio Ambiente, (24/10) em Brasília.

“Assegurar o resgate da dívida social com os catadores é um das nossas prioridades”, avalia o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ney Maranhão. Para ele, toda a cadeia de reciclagem tem potencial para provocar mudanças profundas na economia, gerando riquezas e ao mesmo tempo preservando os recursos naturais.

A maioria dos delegados de grandes centros urbanos quer ver a mão de obra informal dos catadores absorvida pelo mercado de reciclagem por meio de cooperativas e pequenas empresas com capacitação, garantia de emprego e de direitos trabalhistas. 

A criação de usinas de reciclagem, parcerias com empresas e prefeituras, ampliação dos consórcios municipais e o acesso simplificado a vários programas já existentes no MMA, Agência Nacional de Águas (ANA), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e ministérios da Agricultura, Saúde e Cidades devem fazer parte do documento final da conferência.

SUGESTÕES

As medidas que serão analisadas incluem sugestões na área econômica subscritas por até 27 conferências estaduais e municipais. Na área de geração de energia, propostas como a proibição de incineração ganharam mais com 20 adesões estaduais e a criação de ecopontos para coleta seletiva mais de 70 subscrições. Dezenas de propostas visam tornar mais rígida, por parte da União, a legislação sobre reciclagem, disposição de rejeitos e logística reversa.

De acordo com a diretora de Ambiente Urbano da SRHU, Zilda Veloso, o desafio para a implantação da política ainda é grande, mas a Conferência vem com muitas inovações e isso demonstra que a PNRS está dando certo. “As conferências municipais, estaduais e livres, que contaram com a participação de mais de 300 mil pessoas em 27 Estados e no Distrito Federal permitiram a ampla discussão da política e seus desdobramentos”, analisa o diretor de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental do MMA, Geraldo Abreu, responsável pela organização da IV CNMA.

MODERNIZAÇÃO

O documento preliminar abordando os temas Geração de Trabalho, Emprego e Renda e Redução dos Impactos Ambientais traz 60 propostas de soluções para problemas comuns e até específicos dos municípios brasileiros. Delas, 15 vão fazer parte da versão final. Os representantes dos Estados propõem desde a modernização do licenciamento e fiscalização como garantia de que os municípios estão cumprindo a lei, até exigências de fiscalização e controle da logística reversa. “O conjunto de propostas está de acordo com a PNRS. A conferência cumpriu o seu papel de disseminar o conhecimento sobre a Política no País”, afirma Luiz Antônio Carvalho, assessor especial do MMA.

A SRHU vem fazendo estudos na área social e ambiental para viabilizar os recursos necessários a implantação de sugestões da conferência. De acordo com o PNRS, o governo federal coloca à disposição dos municípios recursos dispersos em vários programas de pastas específicas, concentrados principalmente nos ministérios das Cidades e da Saúde. Novos estudos podem indicar como atender às demandas por incentivos econômicos, explica a diretora de ambiente Urbano do MMA.

A responsabilidade compartilhada, que envolve as pessoas, os governos e as empresas, é a base da PNRS, segundo esclarece Zilda Veloso. A política tem metas para os próximos 20 anos e implica em mudanças de comportamento do consumidor e nos padrões de produção das empresas. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) apontam que só os processos de reciclagem podem injetar na economia algo em torno de R$ 8 bilhões. Esse potencial de geração é amplificado quando somadas as modificações nos parques industriais, a modernização dos processos de reciclagem e a economia de processos com o reaproveitamento e os serviços ambientais.


quinta-feira, 7 de novembro de 2013

PT DIFAMA TODOS OS ENGENHEIROS DO BRASIL

Brasília, 6 de novembro de 2013

Com relação às afirmações do Ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, o SOCIÓLOGO WELLINGTON MOREIRA FRANCO, no dia 31/10, de que os atrasos nas obras de seis dos 12 aeroportos de cidades-sede da Copa de 2014 “são fruto da falta de engenheiros e da má qualidade da formação dos engenheiros que temos no país”, o Presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) vem se pronunciar na condição de representante de mais de um milhão de profissionais registrados no Sistema Confea/Crea e Mútua, na forma como se segue.

Político e sociólogo, o Ministro Moreira Franco tenta desmoralizar os engenheiros que atuam no desenvolvimento do país ao mesmo tempo em que lançou uma perigosa fagulha de desconfiança acerca da segurança e confiabilidade das obras sob sua coordenação. Em seu infeliz pronunciamento, o Ministro entra em rota contrária à posição da Presidente da República, Dilma Rousseff, que manifestou elogios à engenharia nacional durante recente pronunciamento na Assembleia Geral da ONU.

Cabe lembrar ao Senhor Ministro que a Copa do Mundo de Futebol de 2014 é um evento da Federação Internacional de Futebol (Fifa), que decide com bastante antecedência o país a sediar o torneio. Com que objetivo? Permitir que o país-sede da Copa se prepare, dotando-se da infraestrutura necessária, como estádios, mobilidade urbana, aeroportos, rede hoteleira etc., para um evento dessa magnitude. Portanto, no dia 30 de outubro de 2007, a Fifa ratificou o Brasil como país-sede da Copa do Mundo de 2014, momento em que o gargalo da infraestrutura para a realização da Copa já existia com relação aos aeroportos.

O atraso na execução das obras de infraestrutura do país passa, evidentemente, pela falta de GESTÃO, PLANEJAMENTO e PROJETOS DE ENGENHARIA. Bons projetos de engenharia são aqueles que possuem todos os elementos e informações técnicas, básicas e executivas.

Com efeito, projeto básico somente não basta, são necessários projetos executivos e também os projetos complementares, de elevada complexidade. Por isso, há uma demanda de tempo necessário para que se possa planejar e projetar. O planejamento de grandes obras ficou esquecido e somente aos 45 minutos do segundo tempo iniciou-se a execução das obras, ao arrepio das comezinhas regras que regem os procedimentos necessários para se realizar bons empreendimentos com qualidade, segurança e economia, que justificam a palavra ENGENHARIA.

O reconhecimento da Presidente Dilma Rousseff na ONU reflete a sabedoria de que as grandes obras do país são planejadas, projetadas e executadas por engenheiros. Honrosamente, os engenheiros conduzem a transformação do Brasil ao longo de sua história: da Ferrovia Mamoré-Madeira, entre 1907-1912, passando pela Construção de Brasília e por projetos como a Ponte Rio-Niterói, as hidrelétricas nacionais, obras mais recentes como a Ferrovia dos Carajás, Rodovia dos Imigrantes, a Linha Vermelha, no Rio de Janeiro, ou as pontes estaiadas de Brasília e São Paulo, entre terminais portuários, aeroportuários, metroviários, e inúmeras outras obras, como linhas de transmissão, estações de tratamento e as do setor petroquímico, inclusive, a descoberta do petróleo na camada de pré-sal.

Devemos lembrar ao Senhor Ministro a excelência da engenharia brasileira, uma profissão às vésperas de completar 80 anos de regulamentação, no próximo dia 11 de dezembro, data de aniversário do Sistema Confea/Crea. Tanto é verdade o elevado know-howalcançado, que as empresas de engenharia nacionais vêm atuando e construindo a infraestrutura de países de todos os continentes: no Iraque (ferrovias Bagdá-Akashat e Expressway, hotéis, rodovias); Mauritânia (rodovias e aeroporto); Argélia (conjuntos residenciais, universidades, complexos industriais); Angola (hidrelétrica); República Dominicana (rodovias); Chile (metrô de Santiago, hidrelétrica, rede de transmissão); Venezuela (hidrelétrica de Guri, metrô de Caracas, projetos de Engenharia Agrícola e de Agronomia), entre tantos outros países onde a engenharia brasileira realiza obras.

Também não faltam excelentes escolas de engenharia. Sabemos que existem, como no Direito, na Medicina e em outras áreas do conhecimento técnico e científico, as boas e as más escolas, resultado do comércio em que se deixou transformar a Educação Superior em nosso país. Mas cabe ao Ministério da Educação (MEC) a avaliação da qualidade do ensino-aprendizagem, e o Confea tem participado desse processo, ao colaborar na análise da grade curricular, em busca do aprimoramento dos cursos ofertados na área tecnológica.

Na oportunidade, relembramos ao Senhor Ministro que não nos faltam engenheiros, pois contamos com profissionais suficientes para projetar e construir tudo de que o país necessita, tendo em vista que as projeções de crescimento do PIB da ordem de 4,5% ao ano, feitas nos últimos anos, não se concretizaram, ou seja, não houve o déficit de profissionais que poderia vir a ocorrer. Os registros de 40 mil novos profissionais por ano, em média, nos Conselhos Regionais de Engenharia atendem à necessidade do mercado, exceto em áreas específicas, como, por exemplo, mineração, gás e petróleo.
Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgada ontem (5/11), confirma essa análise sustentada pelo Confea, no último ano. O estudo contesta a teoria de escassez de engenheiros, ao apontar que, mesmo diante do aumento do percentual de engenheiros exercendo ocupações típicas, de 29%, em 2000, para 38%, em 2009, está descartado o risco de um “apagão” de mão de obra de engenheiros, porque não se confirmou o crescimento do PIB “em níveis indianos”, conforme previsto.

Já no âmbito governamental, além da carência de gestão, planejamento e projetos, falta o reconhecimento das atividades exercidas pelos profissionais de Engenharia e de Agronomia ocupantes de cargo efetivo no serviço público, como carreiras essenciais e exclusivas, típicas de Estado, haja vista a posição estratégica com que essas áreas devem ser tratadas, para alavancar o segmento nacional de serviços e obras públicas.

Há pouco mais de um ano, o economista Luiz Carlos Bresser-Pereira condenou, em artigo publicado na Folha de S. Paulo, a incapacidade de formulação e gestão de projetos do Governo Federal, atribuída à ausência de engenheiros no Estado brasileiro. “Enquanto mais de 80% da alta burocracia chinesa é formada por engenheiros, no Brasil não devem somar nem mesmo 10%”, disse, chamando atenção para a importância da profissão para o desenvolvimento do país. Formular projetos de investimento e encarregar-se da gestão da execução são atribuições da Engenharia, minimizadas pelo Estado brasileiro, conforme Pereira. “Fortalecer a Engenharia brasileira nos três níveis do Estado é prioridade”, conclui.

A luz no final desse túnel se vislumbra por meio do PLC 13/13, que tramita em caráter terminativo de votação no Congresso Nacional, a ser posteriormente sancionado pela Presidente Dilma Rousseff. A partir do manifesto na ONU, de reconhecimento e valorização da Engenharia para o país, espera-se a breve aprovação e sanção desse projeto. Reforça essa expectativa a determinação da Presidente da República, de fazer cumprir uma das funções fundamentais do Estado: prover a infraestrutura de que o Brasil necessita.


Outra fragilidade existente na esfera pública advém da Lei nº 8.666/93 e de mecanismos que permitem a modalidade de pregão eletrônico para a licitação de projetos de engenharia. Aqui destacamos uma demanda por conhecimento intelectual relacionada ao notório saber técnico-científico e que não pode ser avaliada por tal procedimento. A utilização do Regime Diferenciado de Contratação (RDC), por sua vez, só vem comprovar que não houve planejamento para a aquisição e contratação, em tempo hábil, dos projetos e da realização das obras necessárias, por meio de procedimentos técnicos e adequados.

É lamentável o tom de ofensa expresso pelo Ministro, que joga a culpa nos engenheiros pelos atrasos nas obras, e consideramos que a nota de esclarecimento publicada com data do dia 3/11 buscou justificar o injustificável, ao imputar também desqualificação às pequenas e médias empresas de projetos. Até porque, enquanto o político em sua campanha eleitoral apresenta planos e propostas de Governo, os engenheiros trabalham em projetos de Estado, necessários para o crescimento e o desenvolvimento do Brasil.

Nesse cenário, o Sistema Confea/Crea se coloca, juntamente com seus profissionais e as empresas de engenharia registradas, à disposição do Governo brasileiro, para contribuir com a expansão dos níveis de qualidade dos projetos e da execução das obras, visando ao desenvolvimento e ao progresso do País e à realização dos eventos internacionais que se aproximam. Desse modo, expressamos a nossa disposição para que o Brasil, além do legado de infraestrutura da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, deixe também para as gerações futuras um legado com a marca de gestão pública competente e eficiente.

*José Tadeu da Silva é engenheiro civil, professor e advogado, Presidente do Confea para o triênio 2012-2014, Presidente da Federação Brasileira de Associações de Engenheiros (Febrae), Presidente eleito da União Pan-americana de Associações de Engenheiros (Upadi) e membro da World Federation of Engineering Organizations (WFEO).


Fonte: www.confea.org.br

terça-feira, 5 de novembro de 2013

A ÉTICA COMO INSTRUMENTO DO SUCESSO

Autor da Lei 8.666/93, que dispõe sobre as exigências do processo licitatório nos órgãos públicos, e do livro Capitalismo Sem Miséria, o professor e Engenheiro Civil e Industrial-Elétrica Luis Roberto Andrade Ponte falou sobre questões de ética durante cerca de uma hora aos inspetores reunidos em Passo Fundo, durante o XXIX Seminário das Inspetorias. 

De início, disse buscar com a palestra “a troca de ideias” e que a Engenharia sempre primou por destacar seus professores pelo conhecimento. Afirmou ainda a importância da ética nas relações pessoais e profissionais. “O homem ser feliz é uma consequência perante sua vida dentro dos parâmetros éticos. Se conseguirmos disseminar essa verdade inquestionável para todos os seres humanos viveríamos no País dos sonhos. Porque tudo que vem do mal - tirando as tragédias da natureza e de Deus - em sua matriz está o comportamento antiético de alguém”, destacou.

Para ele, as repercussões da ética se dão de mesmo modo na vida profissional e pessoal, e considerou que a sociedade atual se encontra anestesiada perante esses valores. “Muitas pessoas cometem desvios para não se sentirem ‘bobas’, aí inicia a transgressão”, deduziu. Afirmou ser resumo da ética a máxima de “não fazer aos outros, o que não gostarias que fizessem contigo”.

Deputado federal por dois mandatos, Luís Roberto se dedicou aos aspectos relacionados ao Sistema Tributário Nacional, sendo autor de emenda à Constituição Federal sobre a Reforma Tributária, e participou da constituinte, no final década de 1980. Destacado na luta constante pela reforma do atual modelo tributário nacional ressaltou, no entanto, que não há como imaginar uma sociedade organizada sem assegurar a sobrevivência “daqueles que não conseguem manter-se pelo seu próprio esforço” por meio do Estado.

Encerrou com uma crítica sobre a atuação do parlamento na formulação do texto da Constituição Brasileira, afirmando ter se dado mais destaque aos direitos que aos deveres. “Os direitos só vem com o cumprimento dos deveres. Se todos cumprirem seus deveres, os direitos vêm por consequência. Como constituintes deveríamos ter dado destaques aos deveres”, sustentou, seguido por aplausos dos inspetores presentes.