Apesar de toda a coerência perceptível nesse tipo de situação, observamos que o desenvolvimento das práticas políticas não tem ocorrido dessa forma. Quantas e quantas vezes vemos alguém “comendo o pão que o diabo amassou”, em favor da imagem de um politico, e o mesmo quando eleito não promove uma retribuição digna e justa. É nesse tipo de situação que observamos uma clara violação do paternalismo político.
A prática paternalista é violada quando um politico eleito não cumpre um favor, causando danos irreparáveis à terceiros, bem como ao seu próprio quadro de eleitores diretos. Dessa forma, para representar honestamente o interesse daqueles que o elegeram, o político não pode abusar do poder que tem em mãos, para se perpetuar em cargos em prol da própria Família. Em suma, vemos que a relação de representatividade perde amplo espaço pelo não cumprimento de acordos simples das relações de troca.
O paternalismo familiar acontece em países ou regiões em que as condições de vida da população enfrenta graves problemas. Aproveitando-se dessa situação, o político facilmente atinge seus objetivos ao conceder favores que usualmente resolvem de forma paliativa os dilemas da sua própria família. Com isso, a realização de projetos de grande transformação se anula pela tentativa de beneficiar a si próprio .
Os políticos paternalistas Familiares demonstram-se pessoas fracas de caráter e de virtudes, enquanto que os paternalistas políticos são venerados como “homens fortes”.
A força do paternalista politico origina-se de atrair o apoio de eleitores indiretos, e que são beneficiados pelas ações dos eleitores diretos, os quais são integrantes do quadro técnico permanente de qualquer candidato. Todos os indivíduos e setores da sociedade beneficiam-se quando o politico é paternalista, porém, quando o politico é paternalista familiar e favorece somente à sí mesmo através do nepotismo, toda a sociedade arca com os prejuízos, na educação, e nas políticas sociais.