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A HISTORIA DA ACADEMIA E DO ESPORTE EM PASSO FUNDO

segunda-feira, 12 de maio de 2014

HELEN KELLER - A MATRIARCA DOS DEFICIENTES

Nascida em Tuscumbia, em 27 de junho de 1880, e falecida em Westport, em 1 de junho de 1968.

Foi uma escritora, conferencista e ativista social nos EUA.

Foi a primeira pessoa surda a conquistar o bacharelado em artes.

A história sobre como sua professora, Anne Sullivan, conseguiu romper o isolamento imposto pela quase total falta de comunicação, permitindo à menina florescer enquanto aprendia a se comunicar, tornou-se amplamente conhecida através do roteiro da peça The Miracle Worker que virou o filme O Milagre de Anne Sullivan (1962), dirigido por Arthur Penn (em Portugal, O Milagre de Helen Keller).

Seu aniversário em 27 de junho é comemorado como o Helen Keller Day no estado da Pennsylvania e foi autorizado em nível federal através a proclamação presidencial de Jimmy Carter em 1980, no centenário de seu nascimento.

Tornou-se uma célebre escritora, filosofá e conferencista, uma personagem famosa pelo extenso trabalho que desenvolveu em favor das pessoas portadoras de deficiência.

Keller viajou muito e expressava de forma contundente suas convicções.

Membro do Socialist Party of America e do Industrial Workers of the World, participou das campanhas pelo voto feminino, direitos trabalhistas, socialismo e outras causas de esquerda.

Ela foi introduzida no Alabama Women's Hall of Fame em 1971.

No Alabama, em 27 de junho de 1880, Helen ficou cega e surda aos 19 meses de idade, devido a uma doença diagnosticada então como "febre cerebral" (hoje acredita-se que tenha sido escarlatina ou meningite).

Já nessa época ela conseguia comunicar-se com Martha Washington, filha da cozinheira da família, através de sinais. Aos 7 anos, Keller já tinha mais de 60 sinais com os quais se comunicava com sua família.

Em 1886, sua mãe, inspirada pelo relato de Charles Dickens em American Notes a respeito da educação bem-sucedida de outra mulher surda-muda, Laura Bridgman, despachou a jovem Keller, acompanhada de seu pai, para ver o médico J. Julian Chisolm, especialista em olhos, ouvidos, nariz e garganta, em Baltimore, em busca de aconselhamento. 


Chisolm encaminhou os Kellers para Alexander Graham Bell, que estava trabalhando com uma criança surda à época. Bell, por sua vez, os aconselhou a contatar a Perkins Institute for the Blind, escola onde Laura Bridgman havia sido educada, localizada em South Boston. Michael Alagnos, diretor da escola, solicitou à ex-aluna Anne Sullivan, ela própria uma deficiente visual, para tornar-se instrutora de Helen. Este foi o início de uma relação de 49 anos durante a qual Sullivan tornou-se governanta e acompanhante de Keller.

Anne Sullivan chegou à casa de Keller em março de 1887 e imediatamente começou a ensiná-la a se comunicar soletrando palavras em sua mão, a começar pela palavra b-o-n-e-c-a, para a boneca que ela havia trazido de presente. A princípio, Keller ficava frustrada porque ela não entendia que cada objeto possuía uma palavra única para identificá-la. 

Na realidade, quando Sullivan tentava ensinar para ela a palavra ‘caneca’, Keller ficou tão frustrada que chegou a quebrar a boneca. Seu grande salto evolutivo em comunicação começou no mês seguinte, quando compreendeu que os movimentos que sua professora fazia na palma de sua mão, enquanto deixava a água escorrer sobre sua outra mão, simbolizavam a ideia de ‘água’; a partir de então, ela praticamente levou Sullivan à exaustão demandando os nomes de outros objetos familiares de seu mundo.

Em 1902 estreou na literatura publicando sua autobiografia: A História da Minha Vida. 

Depois iniciou a carreira no jornalismo, escrevendo artigos no Ladies Home Journal. A partir de então não parou de escrever.

Em 1904 graduou-se bacharel em filosofia pelo Radcliffe College, instituição que a agraciou com o prêmio Destaque a Aluno, no aniversário de cinquenta anos de sua formatura.

Ao longo da vida foi agraciada com títulos e diplomas honorários de diversas instituições, como a universidade de Harvard e universidades da Escócia, Alemanha, Índia e África do Sul. 

Em1952 foi nomeada Cavaleiro da Legião de Honra da França. Foi condecorada com a Ordem do Cruzeiro do Sul, no Brasil, com a do Tesouro Sagrado, no Japão, dentre outras.

Foi membro honorário de várias sociedades científicas e organizações filantrópicas nos cinco continentes.

Socialista, era filiada ao Partido Socialista da América (SPA), onde desenvolveu uma intensa luta pelo sufrágio universal, ou seja, pelo direito a voto às mulheres, negros, pobres etc.

Em 1912 se filiou à Industrial Workers of the World (IWW ou "os Wobblies"), passando a defender um sindicalismo revolucionário.

Publicações de Helen Keller


Optimismo - um ensaio
A Canção do Muro de Pedra
O Mundo em que Vivo
Lutando Contra as Trevas
A Minha Vida de Mulher
Paz no Crepúsculo
Dedicação de Uma Vida
A Porta Aberta
A História da minha vida

Citações famosas de Helen Keller

"As melhores e mais belas coisas do mundo não podem ser vistas nem tocadas, mas o coração as sente."

"Evitar o perigo não é, a longo prazo, mais seguro do que se expor a ele. A vida é uma aventura ousada ou não é nada."